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02/05/2011 22:49

Fui em Uberaba na quinta-feira dia 21 de abril e coloquei o balão intra-gástrico. Foi um procedimento rápido. É o mesmo procedimento para uma endoscopia, sem maiores complicações. Entretanto, ao sair da sala do médico, o desconforto era alto. Sentia o balão dentro do estomago. Voltei para casa e nas primeiras três horas eu ainda estava um pouco sedada. Logo que fui tomar banho comecei a vomitar. Depois tentei hidratar com uma bebida isotônica, mas infelizmente tudo que entrava saia. Como já estava preparada, sabia que estes sintomas aconteceriam por dois ou três dias. Tentei relaxar e enfretar o o problema. Entretanto, não foram apenas dois dias mas sim uma semana. Não tenho na minha memória a lembrança de ter sentido-me tão mal em algum momento da minha vida. Não conseguia engoliar nada, nem saliva. Sentiar uma dor no peito tão intensa, que os sedativos do hospital não amenizavam. Durante esta semana fui ao hospital por sete vezes, para tomar analgésico, remédio para vomito e soro. Neste período só me mantive com o soro, até que no sétimo dia, a desidratação chegou em um ponto que os enfermeiros não conseguiam pegar a veia, então resolvi tirar o balão. Foi uma decisão dolorosa, porque além do investimento financeiro, há também a decepção psicológica. Chorei muito, pensei no dinheiro, na minha decepção, em todos os comentários que eu iria ouvir da línguas venenosas (e olha que não foram poucos) e fui como o gado para o abate, abaixei a cabeça e enfretei o destino. Na quarta, 27 de Abril fui em Uberaba retirar o balão. O procedimento, assim como colocá-lo foi rápido e indolor e o alívio foi imediato. Depois que eu voltei da anestesia, o médico veio até mim e informou que passei por um processo alérgico e que tive uma rejeição ao balão. O estomago estava inflamado e nenhum alimento ou líquido chegou até o balão durante esta semana. Estou aos poucos voltando a alimentar e tomando remédio para proteger o estomago. A saga do balão chegou ao fim, mas não a mudança de hábitos.